quarta-feira, 27 de maio de 2015

A triste história de Paula

E aí pessoal, há quanto tempo hein???


Antes de qualquer coisa, se não leu ainda, leia a tirinha: (se estiver muito pequeno, leia no link: http://awebic.com/cultura/se-voce-acha-que-todos-tem-as-mesmas-oportunidades-da-uma-lida-nessa-historia-em-quadrinhos/)

Tenho certeza de que ela mexeu com você de alguma forma. Seja por pena da personagem ou por se identificar com uma delas. Bem, vou dizer o que acho contando a história de outros garotos, que não se chamam Richard nem Paula.

Angelo é meu irmão mais velho. Pra se virar quando pequeno, vendia latinhas, papelão, e o que mais pudesse. Já mais velho trabalhava com minha mãe como garçom, nas festas em que ela fazia salgados (os melhores neste mundo). Trabalhou também no balcão do bar que meu pai teve durante certo tempo. Depois da escola começou a distribuir panfletos, estender faixas de propaganda nos sinais em Alcântara e São Gonçalo, em horários nada favoráveis à sua pele branquela. Uma das empresas para as quais panfletava, ao perceber seu desempenho e postura, o chamou para trabalhar com serviços gerais. Óbvio que ele aceitou. Foi promovido a vendedor depois de um tempo, promovido novamente para trabalhar na fábrica desta empresa e hoje possui um cargo importante de gerência na mesma, sempre conquistando posições sendo o melhor no que fazia e se cobrando bastante para alcançar tal nível. Se casou, é feliz e rala pra caramba para manter sua performance profissional e satisfazer suas próprias cobranças.

Angélica é minha irmã mais nova. Sempre estudou em escola pública. Desde pequena ajuda minha mãe nas tarefas de casa, de forrar a cama a fazer o arroz do almoço. Sofreu muito tempo com um desvio na coluna lombar, que rendia a ela muitas viagens ao Rio para seu tratamento e a chata presença dum colete de fibra, que corrigia a postura de sua coluna. Fez natação por muitos anos como tratamento e acabou participando de algumas competições. Ainda nova, trabalhava com minha tia, fazendo tiaras para bebê e outros enfeites, era uma forma de usar seu talento para tirar uma graninha. Passava tardes fazendo essas tarefas, além de, é claro, estudar. No Ensino Médio se formou como Professora de primário em uma escola do Estado, onde faltavam professores (que triste ironia). Hoje trabalha de manhã e de tarde como auxiliar de professora para estudar sua tão sonhada faculdade de Psicologia à noite.

Por fim sou Munhão. Também sempre estudei em escola pública. Seguindo os caminhos do meu irmão mais velho, vendia latinhas, cobre, papelão e etc. para vender e ganhar um dinheiro. Desde cedo tive uma vida corrida entre vários cursos, afazeres com a igreja e pequenos bicos. Na sexta série, mamãe me matriculou em um curso de inglês da Prefeitura, no qual precisou virar a noite na fila. Também me inscreveu em um curso de inglês e um de informática em ONGs do bairro. Mais tarde conseguiu pagar um cursinho de informática, daqueles que tinham há alguns anos atrás. Me formei Técnico em Eletrônica no Ensino Médio e logo percebi como meus pais se viravam para nos dar o básico e um pouco mais. Comecei a trabalhar aos 17 anos como estagiário em uma Assistência Técnica. Me tornei técnico e trabalhei lá por quatro anos, neste período estudei Enfermagem, Tecnólogo em Automação, Engenharia de Controle e Física, sem concluir nenhum deles devido alguns obstáculos. Hoje trabalho como técnico em uma grande empresa do ramo de petróleo. Conquistei meu carro e algumas besteiras que sonhava quando criança, mas meus pais não podiam me dar (aqui leia vídeo games). Estou satisfeito com o que tenho, tanto material quanto emocionalmente (beijos Lohany) e estou começando a me arrumar para casar e seguir com minha vida.

Nós três não tivemos uma vida impossível de difícil, tampouco tivemos uma vida fácil. Não precisamos trabalhar para sustentar a casa, realidade de muitas famílias honestas em nosso país, mas tivemos que ralar muito para conquistar alguma coisa. Tivemos problemas familiares, de saúde (nunca pudemos ter plano), com a escola (pública e de péssima qualidade) e tudo o mais que se tem por aí aos montes, ainda mais nos anos 90 e 2000. Bem, parecia muito com a história da Paula dessa tirinha aí, eu diria.

A propósito, voltando a ela, quando a li ontem, fiquei muito indignado. Indignado não, puto mesmo. Pois pessoas por aí, com muitas intenções diferentes, fazem de tudo para colocar você em algum lugar. Te chamam de vários nomes: Richard, Paula e etc.. Te dizem que você deve ter uma profissão subordinada, que deve ganhar pouco, que tem que sustentar alguns malandros a vida toda. Que não tem chance no vestibular contra os alunos da escola particular, que não tem chance na entrevista de emprego, contra o pessoal que estudou nos melhores cursos, como se a sociedade inteira a sua volta já não gritasse isso.

Curioso que, parando para pensar descobri que conheço muitos tipos de pessoas: Gente rica que não tem motivação nem para levantar da cama, trata mal sua família e qualquer um em volta; Gente rica que trabalhou muito a fim de conseguir e manter o que tem, se ama, faz bem a si mesmo e aos outros; Gente pobre que além de não querer nada para si mesmo, não quer para os filhos ou para os pais; Também conheço gente pobre que fez de tudo com o objetivo de vencer na vida (aqui leia alcançar um sonho) e conseguiu, seja para si mesmo ou para outras pessoas. No meio destas, algumas simplesmente se deixam "ser colocadas em seus lugares". Deixam que pensem por elas. Outras, fazem acontecer e se colocam no lugar que querem, literalmente escolhem o que fazer de suas vidas.

Por isso, vou te contar uma novidade: essa Paula não existe. Aquela personagem colocada como vítima da história está ali porque quer e, este tipo de tirinha, que faz você sentir pena de você e de outros, ajuda a te colocar em um lugar que não é o seu.


Nossa casa também era (é) úmida e cheia de gente. Meus pais também sempre trabalharam fora, para sustentar a família. Nós também tivemos problemas de saúde na infância. Nossas escolas também eram sucateadas e cheias de más companhias. Nossos professores também eram mal-humorados, infelizes. Nós também tivemos (temos) que trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Nós também enfrentamos diversos problemas familiares. Hoje, não somos Paula, porque escolhemos não ser. Não por conquistas materiais ou por qualquer coisa que pode ser contabilizada ou mostrada, mas (como tantos outros que compartilham este enredo) por aprendermos que somos vítima apenas de nossas próprias escolhas e nos tornamos pessoas que escrevem o rumo de sua própria história.

sábado, 9 de novembro de 2013

Seguir a Cristo

Esse post começou hoje cedo e já acabou. Na verdade esse post é um testemunho de uma experiência bobinha e importante, inspirado por uma música e por um bate-papo:


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Smartphone: Comprar ou não comprar? Eis a questão...





Amanhã é um dia importante para o mundo da tecnologia dos smartphones. Mais uma vez a Apple lançará o novo iPhone e sem sombra de dúvida esta informação chegará a você de algum jeito. As redes sociais vão se encher de notícias, piadas, fãs xiitas da Empresa da Maçã. Os jornais vão comentar e dos sites de tecnologia nem se fala.

Dentro de mim um pequeno debate acontece...
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Comecei este post introduzindo minha experiência durante a vida com celulares, mas acabou ficando mais extenso que planejava, então vou colocar esta história no final do texto, quem quiser ler dá uma olhada. Vou direto ao foco.

Meu iPhone 3GS ficou ruim, quanta aporrinhação. Devo dizer que minha vida profissional e social se atrapalhou um pouco após este acontecimento.

Então decidi que compraria outro iPhone, muito provavelmente o 4S. Logo depois me liguei que o 5S e o 5C seriam lançados na próxima semana, então decidi aguardar. O mercado de smartphones vai sofrer um reboliço com certeza, e é provável que eu consiga tirar alguma vantagem nisso tudo.

Mas então um pequeno dilema surgiu na minha cabeça, como uma pequena nuvem de chuva, não muito carregada. Hoje, em especial, às vésperas do grande lançamento da Apple, as indagações tomaram conta da minha cabeça como uma verdadeira tempestade. Afinal, apesar de meio atrapalhado, estou sobrevivendo bem sem meu celular inteligente e devagar estou me adaptando. Então, comprar ou não comprar?

Os smartphones hoje tem um grande peso nas diferentes sociedades do mundo, uma verdadeira alienação. Como aconteceu anos atrás com celulares mais simples nas mãos dos adolescentes, hoje os smartphones tomaram conta das mãos das mais variadas faixas etárias. Não só isso, virou uma ferramenta de trabalho, um computador de mão, uma câmera celular, um gravador de voz, um pequeno mordomo. Com os jovens, um mínimo para ser reconhecido, uma identidade de condição financeira, ou então uma verdadeira maquiagem para se mostrar o que quiser mostrar. Internet de madrugada é coisa velha, não se pergunta mais ao amigo: "Você vai entrar na internet hoje?" Todos estão 24h conectados.

E isso tudo não é 100% ruim. Pra mim pelo menos sempre foi incrivelmente útil, talvez uma desculpa para ter tais aceitações sociais apresentadas no parágrafo anterior, eu assumo, mas ainda assim útil. Apenas para ilustrar: essa semana sem meu iPhone tive que abrir todas as minhas caixas de e-mail no computador da empresa, no total são 4: o e-mail comercial, o da minha conta do MercadoLivre, o da Yahoo que uso para fins pessoais e o e-mail do Blog para checar dados dele e notificações. Meus afazeres bancários como pagamentos de conta, transferências, controle de saldos e extratos também acabaram sendo feitos no computador, mais abas abertas. Câmera nem tenho mais. Meus podcasts já não posso ouvir, músicas no ônibus também não. Gravador de voz, calculadora, calculadora de tempo, joguinhos na hora do almoço: já eram. Acesso às redes sociais só em casa...

Minha conclusão disso tudo é que meu iPhone é parte luxo, parte acomodação, parte necessidade, parte praticidade. Isso é meio chato, sei lá, é como um peso. Sempre que dou mais atenção as coisas da alma, aos sentimentos, o material fica de lado, nem lembro da sua existência. Esse seria meu modelo de vida ideal. Mas aí a segunda-feira chega, estou de volta ao trabalho e a faculdade, aí preciso do pequeno peso de volta. Acaba sendo um facilitador e um pequeno lazer, uma válvula de escape.

Concluí que vou comprar um, apesar da discussão mental entre Anderson e Munhão. Me sinto mergulhado e dependente destes artifícios e vai ser assim por um tempo. No final me sinto bem por ter todos estes dilemas, é um sinal de que não estou totalmente confortável, de que algo ainda me incomoda. É esta sensação que pretendo manter, para num futuro tranquilo poder me desfazer na primeira oportunidade destes pesos que puxam o verdadeiro Munhão para um patamar inferior.

Se questionem sempre, mesmo que foram tomar a mesma atitude inútil que eu! ahuehau
Um grande abraço virtual para vocês!

Anderson Munhão

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Agora falando como fã da Apple:

Minha compra está dependendo de como será amanhã. Se o 5C realmente for mais barato e funcional ele será escolhido. Se ainda assim for mais caro que o 4S, este será o escolhido provavelmente será pago em várias parcelas.

Meus palpites sobre os novos iPhones são:

iPhone 5S:

- detector de digitais é certo;
- mesmo design do iPhone 5;
- mais processador;
- mais câmera;
- mais diversidade de cores, porém ainda todas "sérias";
- absurdamente caro, ao menos para nós brasileños.

iPhone 5C:

- mais barato, mas ainda assim caro, (para nós novamente) estimo que no lançamento seja uns R$1,500, para depois se estabilizar em R$1,200;
- configuração (processadores, RAM, câmera), melhores ou parecidas com a do 4S, mas ainda inferiores ao 5;
- se o palpite anterior for verdade, possível extinção precoce do 4S e do 4;
- se não, continuidade dos mesmo ou extinção do 4 apenas;
- aparelho desenvolvido com todas as vantagens do 5 e do 5S no quesito usar a capacidade do novo iOS;
- todas as cores dos modelos atuais de iPod Touch.

Estes são os palpites, será que vou acertar?

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 A história dos celulares do Munhão, como prometido:

Ganhei meu primeiro aparelho quando era bem novo, não lembro a idade, devia estar lá pela 7° série. Nessa época eu já era um rapazinho atarefado, vários afazeres... Acredito que esta foi a razão do presente. Era da VIVO. Sim, o fabricante era a VIVO, bom talvez não o fabricante, mas o celular levava esta marca e nenhuma outra. Era um simples aparelho celular numa época em que os chips ainda não existiam. Pequeno, entretanto. E com o tempo ganhou uma bela cinta de durex, pois a bateria cismava em cair.

Os anos foram passando e como meu irmão mais velho trabalhava e estava sempre comprando celulares novos eu ficava com os usados dele. Veio um de flip, da VIVO também, um roxo que tocava mp3 e mais algum perdido que não me lembro.

No meu Ensino Médio, uma época em que celulares já estavam consolidados mais como status que como utilidades, os adolescentes literalmente adoravam os aparelhos que tocavam música, vídeo e tinham os mais variados "joguinhos". Comigo não foi diferente, queria ter o meu. Ganhei no Segundo Ano se não me engano. Era um Samsung preto, o teclado era escondido por um slide. Era um bom celular, o reprodutor de música era legal, tinha uns jogos interessantes e aquilo tudo... Mas um belo dia fui assaltado na minha nobre cidade e bye bye celular. Foi bem chato. Após isso fiquei uns 2 anos sem um celular "decente" nos padrões da sociedade, não fazia mais questão e já tinha pra mim que era apenas mais uma vaidade.

Quando me tornei técnico na Enzipharma e comecei a trabalhar como tal, ganhei um rádio Nextel da empresa para o serviço externo. Era mais um aparelho simples, nada mudou. Até que meu irmão, com seus anseios de aparelhos novos, comprou um celular de merda smartphone Nextel da Motorola, o i1 (ai uan) e me vendeu super barato seu Blackberry, foi um salto bem grande, um aparelho formidável.

Depois ele pulou mais um estágio e comprou o i1 Titanium e eu fiquei com o tal do i1. Foi meu primeiro contato com um protótipo de smartphone. Eu fiquei encantado, era muito diferente do ritmo que eu estava acostumado, ele usava muito o touchscreen, era alternativo. Até que um inusitado assalto veio e eu perdi novamente o maldito celular.

Apenas no ano passado pude experimentar o que, de fato, era um smartphone. Não era um qualquer, era um Apple, um iPhone. Eu já estava interessado em um e pretendia comprar o 4 e ao perguntar a um dos meu patrões o que ele achava do iPhone 3GS dele, acabei sendo recebido com a surpresa de um presente, ele me daria seu iPhone assim que comprasse um mais atual.

Aproximadamente um mês depois estava eu com meu iPhone, extremamente útil. Fazia tudo nele. Enviar e-mails, consultar redes sociais, jogar jogos de qualidade como Street Fighter IV Volt, Plants VS Zombies e até alguns emuladores de flipper...

Imprimir extratos da conta no caixa eletrônico se tornou coisa do século passado, era tudo no iPhone.

Até que algumas semanas atrás, meu amigo me deixou na mão. O display não mostra mais imagem.

Estou sem meu iPhone.

Usei de algumas das minhas habilidades, troquei algumas peças com um aparelho em desuso de um amigo, mas foi apenas paliativo. Me cansei de tanto cutucar e em breve colocarei numa assistência técnica para resolver o problema de vez.

Então começa o meu dilema, como foi explicado lááá no início...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Hall da Fama #2 - Enéas Carneiro: Gênio em pele de Louco



Esse tal de Enéas foi uma figura presente na minha infância. No horário político ele aparecia com seus poucos segundos. Para os adultos motivo de risada e deboche, para as crianças um personagem que gera medo pelo jeito de falar e pela aparência incomum. Assim foi comigo. Nunca dei o crédito que este homem mereceu.

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Um dia desses, não me perguntem o porquê, me peguei assistindo a entrevista do Dr. Enéas ao programa Roda Viva, da TV Cultura. O choque gerado dentro de mim foi intenso. O personagem amedrontador da minha infância se apresentou como um senhor lúcido, educado, inteligente, preparado... Minha cabeça explodiu durante a entrevista. "Como assim eu nunca soube do conhecimento desse cara?" - Não parava de me perguntar. Depois disso procurei mais e mais sobre o Doutor e cada vez me surpreendia mais. Procurei saber de algumas pessoas próximas que entendem mais de política que eu e as opiniões foram variadas, mas bem coerentes com o conceito que tinha de cada um.

Dr. Enéas fundou o partido político PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional), há quem o chame de conservador, não concordo, para indivíduos como ele não se deve chapar estereótipos, mas apenas usar os adjetivos certos. Seu partido defendia uma nação séria, respeitada internacionalmente, que não tivesse pobreza, que valorizasse o cidadão indefeso, como ele mesmo exemplificou. Defendiam a necessidade de um Chefe de Estado de personalidade, que não se deixasse vender pelos grandes empresários que movem o mundo, que tivesse voz ativa no Governo, com preparo, que gerasse "um Estado forte, técnico e intervencionista" e prezasse pelo respeito, pela ordem, pelo nacionalismo. Prometeu valorizar as Forças Armadas em seu Governo, mas discordou do Regime Militar mais uma vez demonstrando opinião sã. Tinha conhecimento das riquezas da nossa Pátria e das falcatruas que as envolvem. Citou o Nióbio, assunto totalmente escondido pelo Governo e desconhecido pela população. Apoiava a criação de estudos para a bomba atômica brasileira, não para destruir nações, mas afim de que fôssemos ouvidos lá fora e que nossa posição fosse devidamente respeitada, sem falar na necessidade de defesa que haverá quando faltar água no mundo.

Foi candidato a Presidência do Brasil em 89, 94 e 98. Candidato a Prefeito de São Paulo em 2000 e em 2002 eleito Deputado Federal com a votação gigante de 1.573.112 eleitores.

Não entendo muito de política e história, mas pelo que vejo e ouço de meus próprios sentidos não existiu sujeito mais preparado ao cargo de Presidente da República que o Sr. Enéas, era o caminho que o Brasil precisava trilhar para seu endireitamento. Uma pena nós não merecermos tal líder. Foi assim com Jesus, estava a frente do seu tempo, ninguém o entendia pois era diferente de tudo que estava ali. Ambos foram crucificados, de formas diferentes, mas crucificados.

Me arrependo de não ter dado o devido valor, de não ter pesquisado, de infelizmente ter dado ouvidos aos adultos da minha infância e não aos cidadãos lúcidos que deveriam existir na época e tão tardiamente conhecer esse Gênio. Pelo que vi na internet aconteceu com muitos da minha geração e de gerações anteriores.



Bom, não façam como eu e tantos outros. Dê uma chance ao Doutor Barbudo, ouça o que ele tem pra falar. Mais abaixo colocarei alguns links interessantes sobre ele.

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A propósito, para descontrair, Dr. Enéas Carneiro deu um show nessa entrevista do Roda Viva. Os jornalistas entrevistadores não estavam a altura, foi uma verdadeira covardia colocar tamanho leão contra aqueles pobres cachorros ignorantes. Ele não estava apenas a frente intelectualmente falando, mas muito mais em sobriedade de entender a sociedade em que vivemos. Ao citar "troca de favores para mudança de partidos", "modelo carcomido, putrefato que aí está", "Estado fraco", "esta bagunça generalizada que é o Estado brasileiro", "desordem em todos os níveis" e muitas outras, os senhores entrevistadores pareciam não entender, ou fingir não entender do que se tratava.

Não consegui segurar a gargalhada na parte que o assunto se envereda para o tratamento do homossexual no possível Governo do Enéas e que o mesmo inicia dizendo: "O homossexual sem dúvida pertence a um grupo que se se generalizasse representaria a extinção da espécie (humana)." Daí o jornalista Josemar Gimenez do Jornal O Globo interrompe com a pergunta mais infeliz da sua vida: "Isso o senhor fala com base em estudos do senhor?" KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Dr. Enéas fica puto nessa hora! A cena é engraçadíssima! E ainda o Zé Paulo do Meia Hora faz um comentário totalmente desnecessário, tentando levar o caso na brincadeira com a última pessoa com quem deveria: "Dr. Enéas, perdão, mas com o avanço da ciência e do bebê de proveta..." Foi a gota d'água... Cagou a moral dos entrevistadores mais ainda. Enéas levou a sério e esboçou uma aula de Genética que logo foi interrompida pelos moralistas ignorantes. Momento histórico!


Obrigado pelas lições póstumas Vossa Excelência, ainda estou aprendendo muito com o senhor.

Grande Abraço.

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Links para consulta:

Nióbio para quem não sabe: 
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html

http://www.youtube.com/watch?v=2FErP2FKRqo

Entrevista completa do Dr. Enéas no Roda Viva:
http://www.youtube.com/watch?v=4DAgo2VlGlA



A volta dos que não foram



Senhoras e senhores, estou de volta.

Ao menos espero que esteja... hauehau

A última vez por aqui foi no dia 7 de Março, lembram do Hugo Chávez?
Depois disso muita coisa aconteceu. Na época do último post estava conhecendo uma linda moça chamada Lohany, que pra minha felicidade veio a se tornar minha namorada 9 dias depois.

Devido a algumas situações o Organizador ficou de lado interneticamente falando, estou sempre pensando nas coisas, mas externá-las demanda um pouco de tempo e algumas prioridades me fizeram deixar o Blog um pouco de lado.

De um lado o desânimo, a preguiça e a minha falta de capacidade de lidar com críticas; do outro a faculdade que havia voltado, minha namorada e o video game novo. Tudo isso e mais algumas coisas que sem dúvida não me lembro contribuíram para eu deixar de publicar por aqui, uma pena. Não sei o quanto este espaço ajudou algum de vocês, mas a mim ajudou muito. Colocar as ideias pra fora é saudável. Elas ficam registradas para o caso de me esquecer e acabam por sedimentar na minha mente ao escrevê-las.

Mas como disse desde o Chávez as coisas mudaram. Meu relacionamento se consolidou num namoro muito legal e uma das maiores razões para eu ter deixado o Blog de lado me encorajou a voltar. Vejam só meus amigos! Minha namorada me incentivou a voltar a publicar besteira aqui. E a pedido dela e da minha própria consciência vou me dar essa chance.

Espero que vocês também voltem a dar uma olhada de vez em quando, tentarei me tornar mais interessante, talvez mais natural. Às vezes não me sinto eu mesmo quando escrevo, é bem estranho. Vou olhar as críticas com bastante maturidade e somá-las ao que tenho hoje.

Então aproveitem e me ajudem a fazer o Organizador funcionar. E lembrem-se: o Blog é nosso! Estou esperando a avaliação de vocês!

Aquele abraço




quinta-feira, 7 de março de 2013

Hall da Fama #1 - Hugo Chávez

Eu queria começar esta "série" com um outro cara, mas em decorrência da morte do Presidente Hugo Chávez, começarei por ele. Foi uma ótima oportunidade pra eu pesquisar mais sobre o que este homem fez pelo seu país e me surpreendeu muito, aí está, procurem informação e formem suas próprias opiniões!

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As minhas palavras sobre o falecimento do Presidente Hugo Chávez são as palavras do Eduardo Galeano.

“Há uma demonização de Hugo Chávez. Quando for ler uma notícia, você deve traduzir tudo. O demonismo tem essa origem, para justificar a diabólica máquina da morte.”

Em um dia inesperado Hugo Chávez ganhou meu respeito. Estava na auto escola e por algum motivo a professora Any, sempre com palavras boas de cidadania, citou o ditador de forma positiva, achei estranho.

Um nome que de tantas formas chegou de forma errada aos meu ouvidos teve uma segunda chance. Depois Eduardo Galeano cita a seguinte frase: "Que estranho ditador." Num dos meus vídeos favoritos em todo o YouTube (vídeo de 2004):

http://www.youtube.com/watch?v=0BtitTWJIAA

Para os preguiçosos Para os que não podem ver o vídeo por algum motivo:

"No grande teatro do bem e do mal, há uma distribuição de funções entre os anjos e os demônios e Hugo Chávez é um dos principais demônios. É um ditador do ponto de vista das fábricas da opinião pública mundial. Hugo Chávez é um ditador (ele diz essas palavras balançando a cabeça), entretanto um estranho ditador. Ganhou oito eleições em cinco anos e agora, recentemente, (2004) no Referendum foi o primeiro presidente da história da humanidade que colocou o seu cargo à disposição das pessoas e ganhou de 6 a 4, 60% contra 40%. Nas eleições que eu assisti como observador e posso dar testemunho que foram eleições transparentes, onde pela primeira vez pode se evitar que votassem os mortos, que na Venezuela tinham o mau hábito de votar. É um mau hábito. E também se conseguiu evitar que cada pessoa votasse várias vezes, por causa do mal de Parkinson. Muita gente colocava vários votos na urna, a mesma pessoa. Então a Venezuela é um país estranho onde acontece isto. E, ao mesmo tempo, o mundo assiste às denúncias pela falta de liberdade de expressão. Alguém liga a televisão, e na tela da televisão há um senhor que diz: "Aqui não há liberdade de expressão!". Liga-se o rádio, e há uma voz que diz: "Aqui não há liberdade de expressão!". E abre-se o jornal e há um título enorme que diz: "Aqui não há liberdade de expressão!" Houve só um meio de comunicação fechado na Venezuela nos últimos cinco anos: o canal 8 de televisão. Mas não foi fechado por Chávez e sim por esses democratas que tomaram o poder através de um golpe de Estado durante 48 horas. E nestas 48 horas fecharam tudo, fecharam a Assembleia Geral, anularam a Constituição... Ou seja, estranha ditadura e estranhos democratas! Creio que há uma nítida separação entre a realidade real e a realidade virtual que os meios de comunicação mostram como a única realidade possível. Qual a implicação de tudo isto? Muito simplesmente lhes conto que na Venezuela havia 5 milhões de pessoas sem direitos cívicos, porque não tinham documentos, e os filhos não podiam ir às escolas porque não tinham certidão de nascimento. Isto é o que Chávez está mudando. Porque em pleno paraíso petroleiro, que se chama Venezuela Saudita, havia um milhão e meio de analfabetos que agora estão se alfabetizando. E isto explica a fúria dos grandes meios chamados de comunicação que incomunicam as pessoas, ou seja, meios de comunicação incomunicante. E também explica o resultado destas eleições e de eleições anteriores. Porque há um povo que resume sua atitude de maneira perfeita através da frase dita por um venezuelano pobre que foi entrevistado recentemente, que é mais expressiva que qualquer discurso: "Eu não quero que Chávez vá embora porque não quero voltar a ser invisível."

Sobre o sistema de votação venezuelana, vigente ao menos desde 2010:

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/24715/um+dos+mais+seguros+do+mundo+sistema+eleitoral+venezuelano+une+biometria+e+impressao+.shtml

http://blogoosfero.cc/castorphoto/blog/o-sistema-de-votacao-da-venezuela

Sobre o fechamento do canal 8 de televisão na Venezuela e mais um bocado de informação bem interessante, com as quais farei outro post em breve: (Estes vídeos contém algumas imagens fortes de violência e pessoas baleadas, portanto se não achar devido não assista, me mande uma mensagem que te explico a situação toda)

http://www.youtube.com/watch?v=PNqGJYJjwJ4

http://www.youtube.com/watch?v=EOt7IoPYVX4

Parabéns Venezuela, pelo presidente que tiveram, eu vos invejo!


Está aí meus amigos, formem sua própria opinião sobre Hugo Chávez agora e deixem a TV de lado, um abraço!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Melhor é dar que receber..." - Jesus


Recebi elogios de pessoas respeitáveis em relação ao meu Blog e me senti envergonhado, não tenho atualizado o Organizador por pura preguiça. Então senti um forte desejo de terminar um post meio antigo. Aí está!

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Hoje (dias atrás) fui ao centro de SG resolver meus afazeres: pagar contas, e coisas do tipo.

Na volta, como de praste, um rapaz da Instuição Manassés entrou no ônibus para vender aquelas canetas e lapiseiras, com o fim de ajudar a instituição, que reabilita pessoas viciadas em drogas ilícitas, de forma gratuita.

Estava meio grogue de sono e ouvindo música no fone de ouvido, mas o pouco que ouvi do discurso foi o de sempre. Tenho o costume de ajudá-los nunca procurei saber a fundo, mas a instituição me parece de confiança. O fato deles SEMPRE pagarem passagem e NUNCA pedirem pra pular a roleta ajudam nesse meu julgamento.

Voltando ao discurso do rapaz, nada além do que sempre ouvimos. Eles sempre dizem algumas palavras que notoriamente refletem um linguajar "evangélico" e na maioria dos casos são bem educados. Apesar de repetitivo, uma frase me chamou atenção hoje, especialmente, e me remeteu a uma outra frase que ouvi uns dias atrás.

O rapaz disse: "Eu agradeço às pessoas que contribuíram e tenho certeza que Deus vai devolver em dobro para vocês."

E me remeteu a uma frase que o Silas Malafaia disse de frente com a Gabi: "Deus trabalha com um sistema de recompensas."

Uma ótima notícia: Deus não vai retribuir seu dinheiro em dobro. Se você ajudou com R$2,00 a Instituição Manassés, certamente R$4,00 não cairão do céu.
 
Talvez o rapaz tivesse em mente que esta retribuição é algo do espírito e não material, mas convenhamos, na maioria das vezes "Deus vai te dar em dobro" nada mais é que um argumento para receber ajuda ou uma forma de confortar a pessoa que ajudou.

Uma doação que espera algo em troca não faz sentido algum. Ou então não é doação, é barganha, troca, compra, investimento na bolsa de valores de Deus ou algo do tipo, mas nunca é doação e nunca de forma Amorosa.

Deus não te retribuir em dinheiro é uma ótima notícia, porque dar dinheiro e receber mais, pode ser uma maldição. É muito pouco. Especificamente neste caso, você está plantando dinheiro e colhendo felicidade, colhendo famílias reestabelecidas, colhendo sorrisos de mães, filhos e esposas.

E de qualquer forma, nem sorrisos você deve esperar, nem um obrigado. A verdadeira doação é uma aposta, você está dando um dinheiro que talvez lhe faça falta e não sabe se vai ter resultados e se tiver, provavelmente estes resultados não vão lhe beneficiar de forma alguma, aí está a beleza em ajudar. É tipo net o bom Samaritano. Entregar algo que iria te fazer muito bem, para que, na falta que vai te fazer, beneficie a uma outra pessoa, independente da condição dela.

Nada paga a felicidade de uma pessoa. Um abraço!